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O vírus da imprevisibilidade

A crise do COVID-19 desencadeou crise econômica sem precedentes. Ao redor de tantos estudos, teses, teorias, gráficos e curvas, a única certeza é que não há certeza alguma no que diz respeito ao melhor modelo a ser adotado. E isto atrai o vírus mais mortal para a economia: o vírus da imprevisibilidade.

Crises são crises. E brasileiros são especialista sem crises. Afinal, quando não temos alguma crise internacional para nos afetar, damos um jeito de criar uma crise interna. Às vezes (como agora) coincide de ambas as crises (interna e externa) se juntarem no mesmo momento. E o empresariado brasileiro (micro, pequeno, médio e grande) sobrevive no sacrifício, na criatividade e no famoso “jeitinho”. Em suma, o brasileiro sempre encontra um meio de se planejar para sobreviver.

O problema é que diferentemente de outras crises a crise do COVID-19 tem impedido qualquer tipo de planejamento. A incerteza absoluta impede enxergarmos o futuro próximo com a clareza mínima necessária para nos planejarmos. O empresariado vem vivendo um dia após o outro e fazendo micro planejamento de sobrevivência durante a crise. Dias duram semanas. Semanas duram meses. Meses duram anos. Enxergamos apenas o durante sem expectativa alguma sobre quando teremos o pós crise.

O vírus da imprevisibilidade se hospeda na pergunta mais simples: Quanto acabará isto tudo? Sem esta resposta nenhum planejamento é possível. E ao olhar ao redor vemos políticos, ministros, empresários e jornalistas fazendo questão de tornar cada vez mais imprevisível a resposta dessa simples pergunta. Todos radicalmente certos de suas afirmações. Todos com opiniões radicalmente contrárias entre si. Nenhum deles confiável o suficiente para tomarmos decisões estratégicas.

Enquanto não houver alguma previsão concreta de retomada de atividade econômica o vírus da imprevisibilidade continuará a afetar profundamente o mercado. É um vírus que se propaga com rapidez e tem uma alta taxa de letalidade. A incerteza gera demissões e falências evitáveis caso houvesse previsão de retomada. Mas os “especialistas” falam apenas sobre o túnel sem sinalizar alguma luz no fim dele.

O que nós empresário queremos (e precisamos) é apenas alguma data concreta para que possamos fazer o que sempre fizemos até hoje em todas as crises: organizar nossas contas, reagrupar nossa equipe, passar a régua em nossos prejuízos e seguir em frente para recuperar o que foi perdido.

Precisamos uma data que mate o vírus da imprevisibilidade. O resto deixa com a gente que a gente resolve... como sempre fizemos!


Tags: ‎Villarreal Advogados‬ coronavirus

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